
A prefeita de Zé Doca (MA), Flavinha Cunha (PL), enfrenta uma ação na Justiça após decidir promover um festival de música gospel no período do Carnaval, substituindo a tradicional festa secular. O Festival Adora Zé Doca está programado para ocorrer de 1° a 4 de março.
A medida gerou controvérsia, e uma ação popular foi protocolada sob a alegação de que o evento violaria a Constituição ao ferir o princípio do Estado laico e promover discriminação religiosa. O advogado Jean Menezes de Aguiar, autor da ação, classificou o festival como “segmentado e preconceituoso” e denunciou possível malversação de recursos públicos, pedindo o cancelamento da festa e a restituição dos valores já investidos.
Apesar da polêmica, a prefeitura manteve a realização de um evento carnavalesco secular, o Zé Doca Folia, que acontecerá antes do Carnaval, nos dias 21, 22 e 23 de fevereiro. Os custos do festival gospel (R$ 475 mil) são inferiores aos do evento de pré-carnaval (R$ 850 mil).
Justiça exige explicações
O juiz Marcelo Moraes Rêgo de Souza determinou que a Prefeitura de Zé Doca e a prefeita apresentem justificativas para a realização do festival gospel. Além disso, intimou o Ministério Público do Maranhão a se manifestar antes de decidir sobre uma possível suspensão do evento.
Programação
O Festival Adora Zé Doca, que terá sua primeira edição em 2025, contará com apresentações de:
- 1° de março – Maria Marçal
- 2 de março – Banda Morada
- 3 de março – Gerson Rufino e Kleber Nascimento
- 4 de março – Grupo Três Palavrinhas
Já o evento Zé Doca Folia terá shows de:
- 21 de fevereiro – Solange Almeida
- 22 de fevereiro – Iguinho e Lulinha
- 23 de fevereiro – Chiclete com Banana
Prefeita comenta a repercussão
Em uma postagem no Instagram, no último domingo (2), Flavinha Cunha destacou que o festival gospel “já é notícia em todo o Brasil” e que o evento foi idealizado como uma forma de “agradecer a Deus por todas as conquistas”. A prefeita também promoveu o Zé Doca Folia, chamando-o de “o melhor carnaval fora de época da região”.