Brasília - O ministro licenciado da Justiça e Segurança Pública, Alexandre de Moraes, indicado para cargo de ministro do STF, passa por sabatina na CCJ no Senado Federal (Marcelo Camargo/Agência Brasil)

Alguns perfis bloqueados pelo ministro Alexandre de Moraes, do STF, foram desbloqueados nos últimos dias, coincidindo com a visita da Relatoria Especial para a Liberdade de Expressão (RELE) da Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) ao Brasil. A comissão chegou ao país no domingo (9) e permanecerá até sexta-feira (14), avaliando a situação da liberdade de expressão em Brasília, Rio de Janeiro e São Paulo.

Perfis de presos do 8 de janeiro voltaram a funcionar, mas com restrições e multa de até R$ 20 mil em caso de descumprimento. A influenciadora Flávia Magalhães, que teve contas suspensas e passaporte retido em 2023, afirmou que recuperou o acesso aos perfis.

Na sexta-feira (7), Moraes também determinou o desbloqueio das redes sociais do influenciador Bruno Aiub, o Monark, após avanços nas investigações que levaram à restrição de suas contas.

Apesar da coincidência de datas, o especialista em liberdade de expressão André Marsiglia não vê ligação entre os desbloqueios e a visita da CIDH. “Não consigo acreditar que estão com medo da visita ou que houve algum acordo oculto, uma espécie de ‘anistia de gabinete'”, afirmou.