A Defensoria Pública do Amazonas (DPE-AM), por meio do Núcleo de Defesa do Consumidor (Nudecon), abriu uma ação coletiva para investigar a legalidade, transparência e impactos do reajuste de 12,32% nas tarifas de água e esgoto, aplicado pela concessionária Águas de Manaus.

O aumento, autorizado pela Prefeitura de Manaus e em vigor desde janeiro de 2025, tem gerado questionamentos de consumidores, que alegam falta de informações sobre os critérios adotados para sua aplicação.

O coordenador do Nudecon, defensor Christiano Pinheiro, destacou que a ação busca esclarecer os fundamentos técnicos e econômicos do reajuste.

— Queremos entender por que a divulgação desse aumento foi tão restrita, dificultando o acesso dos consumidores às informações. Isso pode configurar violação ao Código de Defesa do Consumidor e ao princípio da publicidade. Além disso, vamos analisar o papel da agência reguladora nesse processo — afirmou.

Para aprofundar a investigação, a DPE-AM solicitou esclarecimentos à Águas de Manaus, à Agência Reguladora dos Serviços Públicos Delegados do Município de Manaus (Ageman) e à Prefeitura de Manaus. As entidades têm 15 dias para apresentar documentos sobre o reajuste, incluindo:

•⁠ ⁠A base de cálculo utilizada para definir o aumento;
•⁠ ⁠Estudos técnicos e pareceres que embasaram a decisão;
•⁠ ⁠O cronograma de investimentos previstos com base no reajuste;
•⁠ ⁠As estratégias de transparência adotadas para comunicar a mudança à população.