Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva conversou nesta terça-feira (18), por telefone, com o presidente da França, Emmanuel Macron, sobre a guerra entre Rússia e Ucrânia, prestes a completar três anos. Os dois líderes voltaram a defender que a paz na região seja construída por todos os lados conflitantes. A ligação entre Lula e Macron ocorre no mesmo dia em que autoridades russas e dos Estados Unidos reuniram-se, na Arábia Saudita, para discutir uma eventual trégua no leste europeu.

“Expressei minha preocupação com o cenário internacional e reafirmei o compromisso do Brasil com a promoção da paz e a defesa da democracia. Nós dois reconhecemos a importância de uma solução para a guerra na Ucrânia que inclua a participação de todas as partes envolvidas no conflito”, escreveu Lula nas redes sociais.

A Ucrânia não foi ao encontro na nação árabe. Na segunda (17), o presidente do país, Volodymyr Zelensky, disse que não participaria da reunião entre EUA e Rússia e que se opõe a qualquer acordo oriundo dessa negociação. Desde que tomou posse, em janeiro, o presidente norte-americano, Donald Trump, tem promovido diálogos em busca de um cessar-fogo, tanto no Leste Europeu quanto no Oriente Médio, no conflito entre Israel e o grupo terrorista Hamas.

Macron também comentou a ligação pelas redes sociais. “Compartilhamos a convicção de que a paz na Ucrânia só será possível por meio de negociações que reúnam Rússia e Ucrânia à mesma mesa. A paz é possível, e a comunidade internacional deve se mobilizar”, compartilhou o francês.

Os presidentes conversaram, ainda, sobre a COP30 (30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudança do Clima), que ocorre em novembro deste ano em Belém (PA). “Os dois presidentes se comprometeram a discutir iniciativa conjunta voltada para ampliar o financiamento climático disponível para países em desenvolvimento, no marco do aniversário de 10 anos do Acordo de Paris”, escreveu, em nota, o Palácio do Planalto.

Lula também informou que vai à França em junho, a convite de Macron. “Por fim, aceitei seu convite para uma visita de Estado à França, nos dias 6 e 7 de junho, bem como para participar da Conferência das Nações Unidas sobre Oceanos, nos dias 8 e 9 de junho”, compartilhou.