O STF (Supremo Tribunal Federal) fechou um termo de cooperação com o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) com esforços para combater a desinformação no Judiciário. Os tribunais vão desenvolver ações que visem esclarecer o funcionamento das instituições e rebater fake news. Presidente do Supremo, o ministro Luiz Fux disse que ataques de desinformação contra o Poder Judiciário representam “atentados contra a democracia”. Também disse que o inquérito das fake news, tocado na Corte, revelou “notícias de atos preparatórios de terrorismos contra o STF”. | Sérgio Lima/Poder360 18.mai.2022

O CEO da Rumble, Chris Pavlovski, afirmou nesta quarta-feira (19), em seu perfil no X, que a plataforma de vídeos não acatará o que chamou de “ordens ilegais” do ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O empresário também mencionou a ação movida contra Moraes nos Estados Unidos.

“Oi, Alexandre [de Moraes]. A Rumble não cumprirá suas ordens ilegais. Em vez disso, nos veremos no tribunal. Atenciosamente, Chris Pavlovski”, escreveu.

Moraes é alvo de uma ação na Justiça dos EUA por suposta violação à soberania americana, movida pela Rumble e pela Trump Media, empresa ligada ao ex-presidente Donald Trump. O processo tramita em um tribunal federal na Flórida.

Segundo a Folha de S.Paulo, que revelou o caso, as empresas alegam que Moraes infringiu a legislação americana ao ordenar a suspensão da conta do jornalista Allan dos Santos na Rumble. Pavlovski afirmou ao jornal que o ministro estaria tentando contornar o sistema legal dos EUA, emitindo ordens sigilosas para pressionar redes sociais americanas a banirem o jornalista globalmente.

A Trump Media, que depende da infraestrutura da Rumble para manter a rede social Truth Social, argumenta que as restrições à plataforma no Brasil também a prejudicam.

A Rumble, conhecida por se posicionar contra a “cultura do cancelamento”, abriga produtores de conteúdo bloqueados em outras redes, como Paulo Figueiredo, Rodrigo Constantino e Bruno Aiub (Monark).

Já Allan dos Santos, investigado pelo STF por suposta disseminação de desinformação e ofensas a ministros da Corte, tem contra si um mandado de prisão preventiva, mas vive nos Estados Unidos, o que impede a execução da ordem.