
O delegado Aldo Galiano, da Seccional de Franco da Rocha, apontou que a morte de Vitória Regina de Sousa, de 17 anos, é um “crime de vingança” possivelmente ligado ao PCC. A adolescente foi torturada e mantida em cárcere por até três dias antes de ser levada a uma área de mata em Cajamar, SP, onde seu corpo foi encontrado.
Embora não haja indicações de que Vitória estivesse envolvida com facções criminosas, investiga-se o envolvimento de seu ex-namorado, que foi preso após apresentar contradições em seu depoimento. Segundo o delegado, um forte motivo pessoal, ainda em segredo de Justiça, pode ter levado ao crime. Pessoas próximas à vítima afirmam que ela vinha sendo intimidada semanas antes de sua morte.
As investigações revelam que o autor do crime tem conhecimento profundo da região, sugerindo que seja um morador local. Até o momento, 14 pessoas foram ouvidas, com seis sob investigação. Vitória estava desaparecida desde a noite de 26 de fevereiro, após ser seguida por dois homens enquanto ia para o ponto de ônibus. Ela enviou áudios para uma amiga relatando que estava sendo seguida e assediada.
O corpo de Vitória foi encontrado com sinais de agressões compatíveis com facções criminosas: degolada, com a cabeça raspada, mãos amarradas, sem roupas e apenas com um sutiã.