Sepultamento de vitima da Covid-19. Antes do sepultamento os corpos das vítimas da Covid-19 ficam na capela ecumênica 01, do cemitério Campo da Esperança, onde vários corpos são armazenados aguardando o sepultamento. O local é isolado por papéis pardos nos vidros e um aviso informa que -Sala destinada, exclusivamente, ao armazenamento de corpos de óbitos de Covid-19 (confirmados ou suspoeitos)- Sérgio Lima/Poder360 12.03.2021

Cinco anos após o início da pandemia de Covid, o Brasil ainda enfrenta um número significativo de mortes pela doença. De janeiro a 1º de março de 2025, o país registrou 761 óbitos, segundo dados do Ministério da Saúde analisados pela plataforma SP Covid Info Tracker.

Em média, são 13 mortes diárias e 89 por semana. Esse número representa uma redução de 57,46% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando houve 1.789 mortes, com cerca de 30 óbitos diários e 209 semanais.

Em São Paulo, a tendência é semelhante, com 262 mortes até 1º de março de 2025, o que equivale à queda de dois Boeings 737-700. O número é 43,04% menor em comparação com 2024, quando foram registradas 460 mortes no estado.

Apesar da queda geral nos óbitos, a análise das nove últimas semanas epidemiológicas de 2024 e das nove primeiras de 2025 indica um aumento de 21% nas mortes no Brasil e 58% em São Paulo.

O total de mortes por Covid no Brasil desde 2020 até 1º de março de 2025 chega a 715.295. A primeira vítima da doença foi Rosana Urbano, de 57 anos, que faleceu no dia 12 de março de 2020.

Especialistas, como Wallace Casaca, coordenador da plataforma SP Covid-19 Info Tracker, alertam que, apesar de vacinas e tratamentos, a doença continua perigosa, com óbitos diários equivalentes à queda de um avião de médio porte.

Renato Grinbaum, consultor da Sociedade Brasileira de Infectologia (SBI), destaca que os grupos vulneráveis, como idosos e pessoas com doenças crônicas, correm maior risco. No entanto, para quem tem o esquema vacinal completo, as formas graves são raras.

O infectologista André Bon, do Hospital Nove de Julho, reforça que o risco de complicações é muito menor para quem está vacinado com as vacinas mais recentes. A proteção continua sendo essencial, principalmente para as pessoas mais velhas e vulneráveis.