O ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou o arquivamento da ação penal contra o doleiro Chaaya Moghrabi, investigado na Operação Lava Jato por suspeita de movimentar US$ 239,7 milhões entre 2011 e 2017. A decisão exige que a 3ª Vara Federal Criminal do Rio de Janeiro seja informada imediatamente.

Moghrabi foi acusado de enviar dinheiro ilegalmente para alvos da Operação Fatura Exposta, incluindo o empresário Miguel Iskin. A operação revelou um esquema de fraudes na compra de próteses destinadas ao Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia e à Secretaria Estadual de Saúde do Rio de Janeiro.

Em agosto de 2024, a defesa de Moghrabi pediu a suspensão do processo, alegando falta de fundamentos para a continuidade da ação. A acusação se baseava principalmente em delações premiadas de outros doleiros, Vinicius Claret e Claudio Barboza, o “Juca Bala”.

Na decisão desta quinta-feira, 20, Gilmar Mendes arquivou o caso em relação a Moghrabi, considerando que não havia provas suficientes para sustentar as acusações. O ministro ressaltou que as delações premiadas precisam ser corroboradas por evidências concretas, o que não ocorreu neste caso.