
O Partido da Causa Operária (PCO) defendeu, nesta quinta-feira, 20, a anistia para os presos do 8 de janeiro, destacando que a questão vai além de simpatias políticas ou alinhamento ideológico, sendo uma questão de reparação pelas ilegalidades cometidas pelo Estado. Em uma publicação no X, a sigla de esquerda reconhece abusos, prisões arbitrárias e violações de direitos fundamentais contra os manifestantes.
O PCO fez uma comparação entre a anistia concedida em 1979, após o regime militar, e a atual situação. A publicação afirma que, enquanto a anistia de 1979 foi uma resposta às atrocidades cometidas por um regime de exceção, a anistia de hoje beneficiaria cidadãos comuns, que foram detidos em processos fraudulentos e acusados de atos inflacionados pelo próprio Estado, que justificaram uma repressão desproporcional.
O partido criticou também o comportamento da Justiça brasileira, que, segundo o PCO, tem agido de forma semelhante aos métodos das ditaduras fascistas, prendendo pessoas sem processos transparentes, cerceando advogados e fazendo julgamentos apressados. Para o PCO, defender a anistia não é ser contra a democracia, mas sim exigir a reparação das ilegalidades, independentemente de quem as tenha sofrido.