
A paralisação de parte da frota de ônibus em Manaus, iniciada na madrugada desta terça-feira (15), gerou reflexos diretos na mobilidade urbana da capital. Cerca de 30% dos veículos deixaram de circular após rodoviários iniciarem um movimento por reajuste salarial e pela permanência dos cobradores no sistema.
Com menos ônibus nas ruas, usuários enfrentaram superlotação, atrasos e longas filas nos pontos. Diante da dificuldade de acesso ao transporte coletivo, muitos passageiros recorreram a serviços de transporte por aplicativo, o que provocou aumento expressivo nos valores das corridas.
Relatos em redes sociais e simulações nos aplicativos Uber e 99 apontam que trajetos que normalmente custariam até R$ 30 chegaram a ser ofertados por até R$ 78 durante a manhã. A alta repentina gerou insatisfação entre os usuários, especialmente os que não possuem outra opção de deslocamento.
“Como vou enfrentar a superlotação nos ônibus de Manaus devido à greve? Não posso faltar à aula na EST e o Uber/99 vai ficar absurdamente caro”, escreveu um internauta no X (antigo Twitter).
Apesar de uma liminar do Tribunal Regional do Trabalho da 11ª Região (TRT-11) determinar a manutenção de parte da frota, a adesão dos motoristas impactou o funcionamento normal do serviço. A Prefeitura de Manaus reforçou que a decisão judicial também proíbe bloqueios de garagens ou ações que comprometam a operação do transporte, considerado serviço essencial.
Enquanto o impasse entre rodoviários e empresas não é resolvido, moradores seguem enfrentando dificuldades e custos elevados para se locomover na cidade.