Nos dois primeiros anos do terceiro mandato de Luiz Inácio Lula da Silva (PT), o Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) aumentou significativamente seus gastos com publicidade. A média anual chegou a R$ 63,2 milhões, o que representa um aumento de 214% em relação aos R$ 20,2 milhões registrados durante a gestão do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). No total, o banco gastou R$ 126 milhões com campanhas publicitárias nos dois primeiros anos do governo Lula, enquanto nos quatro anos de Bolsonaro o valor foi de R$ 81 milhões.

Esse aumento nas despesas com publicidade é justificado pelo BNDES como parte de uma estratégia para retomar o protagonismo da instituição na promoção do desenvolvimento econômico e social do Brasil.

Além do BNDES, outros bancos públicos, como Banco do Brasil, Caixa Econômica Federal, Banco do Nordeste e Basa, também elevaram seus investimentos publicitários. A média anual de gastos dessas instituições subiu de R$ 971 milhões entre 2019 e 2022 para R$ 1,1 bilhão entre 2023 e 2024, um aumento de 14%.

No total, a gestão de Lula já gastou R$ 4,1 bilhões em publicidade, uma média de R$ 2 bilhões por ano, superando os R$ 1,8 bilhão registrados no governo Bolsonaro. A Secretaria de Comunicação Social da Presidência (Secom) informou que não interfere nas campanhas publicitárias de ministérios ou estatais.