Movimentos nas redes sociais e protestos nas ruas têm intensificado a pressão pelo impeachment do prefeito de Manaus, David Almeida (Avante). A mobilização popular ganhou força após uma série de episódios que ampliaram o desgaste da imagem do gestor, sobretudo entre usuários do transporte público e setores da sociedade civil.

Em mais um capítulo da crise política que envolve a administração municipal, vereadores aliados a David Almeida faltaram à sessão desta terça-feira (22) na Câmara Municipal de Manaus (CMM). A ausência em massa ocorreu durante uma reunião articulada pelo próprio prefeito, em meio ao aumento da pressão popular por sua saída do cargo.

A insatisfação popular, que vem sendo amplamente expressa nas redes sociais, deve se materializar em manifestações nos próximos dias. Na sexta-feira (25), está previsto um protesto em frente à sede da Prefeitura de Manaus, no bairro Compensa, Zona Oeste. Outro ato está sendo convocado para o dia 1º de maio, Dia do Trabalhador, no bairro Ponta Negra, também na Zona Oeste da capital.

Entre os principais motivos de revolta está o recente reajuste na tarifa de ônibus, que passou a custar R$ 6. A medida foi amplamente criticada pelos usuários, que consideram o aumento abusivo diante da má qualidade do serviço prestado. O transporte coletivo, frequentemente alvo de queixas, é apontado como um dos pontos mais sensíveis da gestão.

Além disso, a repercussão negativa da viagem de luxo feita por David Almeida ao Caribe, no início deste ano, segue alimentando o descontentamento. Os altos custos envolvidos e a falta de explicações convincentes por parte da prefeitura agravaram a crise, especialmente em um cenário de dificuldades econômicas enfrentadas pela população.