
Ao menos 4,1 milhões de aposentados e pensionistas podem ter sido prejudicados por descontos indevidos em seus contra-cheques, originados de um esquema bilionário de fraude envolvendo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Esse número refere-se aos beneficiários com contratos com as onze entidades suspeitas de participação na fraude. O total de afetados será definido após o término das investigações.
O INSS possuía acordos com 39 entidades, das quais 11 são investigadas por envolvimento na fraude, que pode gerar um prejuízo de até R$ 6,3 bilhões.
Em resposta ao escândalo, o novo presidente do INSS, Gilberto Waller Júnior, realizará uma reunião com o Advogado-Geral da União, Jorge Messias, para definir um plano de ressarcimento das vítimas.
O presidente anterior do INSS, Alessandro Stefanutto, foi demitido após a deflagração da Operação Sem Desconto, da Polícia Federal, que o teve como um dos alvos. O ministro da Previdência Social, Carlos Lupi (PDT), também está sob pressão e pode pedir exoneração nos próximos dias, conforme orientação de aliados.