Brasil – Hytalo Santos e seu marido enfrentam graves acusações judiciais feitas por ex-funcionários, que os processam por assédio moral, assédio sexual e violações trabalhistas. De acordo com informações obtidas pelo portal LeoDias, os relatos que constam nos processos protocolados incluem jornadas exaustivas de trabalho, ausência de vínculo formal e desrespeito às leis trabalhistas. Um dos ex-colaboradores, contratado para atuar como segurança, afirma ter sido submetido a condições degradantes e exigências que iam muito além das funções para as quais foi inicialmente contratado.

Segundo os documentos, esse funcionário trabalhava sem qualquer registro formal, atuando inicialmente como segurança pessoal, responsável por controlar o acesso às residências e monitorar situações de risco. Com o tempo, ele passou a exercer também a função de motorista, sem acréscimo salarial. O pagamento, que deveria ser de R$ 600 por dia, era realizado de forma irregular, com valores variando entre R$ 7 mil e R$ 9,6 mil mensais, sem garantias ou consistência.

A denúncia também detalha a carga horária extremamente abusiva a que o funcionário era submetido. Apesar de o contrato informal estipular jornadas de 24 horas de trabalho por 72 horas de descanso, a realidade era outra. “Na prática, era constantemente exigido a cumprir escalas de 48 até 72 horas contínuas, sem substituição, repouso ou possibilidade de revezamento”, aponta o processo. Nessas situações, especialmente durante viagens, a falta de sono, higiene e alimentação adequada agravavam ainda mais o cenário de exploração.

Além dos abusos trabalhistas, há também acusações de assédio sexual. De acordo com os relatos, o segurança foi obrigado a testemunhar cenas de cunho sexual envolvendo o casal, mesmo durante o exercício de suas funções. O documento afirma que ele “foi forçado a presenciar atos sexuais praticados” pelo influenciador, seu marido e até com terceiros, inclusive no banco traseiro do carro que ele dirigia. Tais episódios contribuíram para o pedido de indenização, que, somado aos danos morais e direitos não pagos, chega a valores entre R$ 520 mil e R$ 700 mil por funcionário.

Um dos seguranças afirma ter sido dispensado sem aviso prévio ou qualquer justificativa, após sete meses de trabalho. “Desde então, o reclamante permanece sem qualquer compensação pelos direitos sonegados”, alega a ação.