
A Controladoria-Geral da União (CGU) declarou a empresa Equinócio Hospitalar Ltda inidônea para firmar contratos com o poder público e aplicou multa de R$ 3,8 milhões por envolvimento em fraudes durante a pandemia de Covid-19. A sanção foi publicada nesta terça-feira (6/5) e passa a valer imediatamente.
Investigada pela Polícia Federal e pela própria CGU desde 2020, no âmbito da Operação Virus Infectio II, a empresa foi acusada de superfaturar equipamentos de proteção individual (EPIs) vendidos ao governo do Amapá e de pagar vantagens indevidas a um servidor estadual, como transferências bancárias e passagens aéreas.
Apesar da apuração, a Equinócio firmou ao menos três contratos com o governo federal desde julho de 2023, somando mais de R$ 1,7 milhão em valores repassados para fornecimento de insumos ao Hospital Universitário da Universidade Federal do Amapá, vinculado ao Ministério da Educação por meio da Ebserh (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares).
Um desses contratos, no valor de R$ 612,6 mil, permanece vigente até junho deste ano e prevê o fornecimento de materiais como sondas uretrais e pinças cirúrgicas.
O Ministério da Educação e a Ebserh foram procurados, mas não se manifestaram até a publicação desta reportagem. O espaço permanece aberto. A reportagem também busca posicionamento da Equinócio Hospitalar Ltda.