
Brasil – O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) voltou a defender neste sábado (24) a regulamentação de redes sociais pelo Congresso Nacional. “Não é possível que tudo tenha controle, menos as empresas de aplicativos”, questionou. O discurso aconteceu durante o lançamento do programa Solo Vivo.
O assunto surgiu enquanto o presidente falava sobre a educação do país e os riscos causados pelo cyberbullying em redes. “É preciso que a gente discuta com o Congresso Nacional a responsabilidade da gente regular o uso das empresas desse país.
Não é a primeira vez que o presidente defende o assunto. Em outras ocasiões, Lula pontuou a importância de uma regulamentação e disse que o STF (Supremo Tribunal Federal) “vai ter que regular” caso o Congresso não o faça.
Em evento em Nova York, no fim do ano passado, o presidente declarou que “sociedades estarão sob constante ameaça” sem regulamentação “firme”.
Atualmente, não há normas para a atuação das big techs no país. A expectativa era que os projetos sobre a regulamentação das redes sociais e também da inteligência artificial fosse discutido ao longo deste ano.
Outras medidas
Ainda no evento deste sábado, Lula adiantou que o governo Federal vai anunciar ainda neste mês uma medida para que famílias cadastradas no CadÚnico (Cadastro Único) não precisem pagar pelo gás de cozinha. Segundo ele, a iniciativa vai beneficiar aproximadamente 22 milhões de famílias.
“Nós vamos fazer com que o gás chegue bem mais barato para todas as famílias. As pessoas que vão estar no CadÚnico não vão precisar nem pagar. Vai ser aproximadamente 22 milhões de famílias que vão ser beneficiadas, porque as pessoas precisam. E tudo isso vai ser anunciado esse mês, porque o mês que vem eu vou fazer política nesse país”, disse Lula.
De acordo com o presidente, o alto preço do gás de cozinha “não tem explicação”, e “alguém está ganhando muito dinheiro”. “Não tem explicação botijão de gás chegar para o povo a R$ 120, R$ 130, R$ 140, alguém está ganhando muito dinheiro”, reclamou.
Solo Vivo
Lula participou do lançamento do programa Solo Vivo, que busca recuperar o solo degradado para aumentar a produtividade e competitividade dos agricultores familiares. Segundo o governo federal, o plano, que teve um investimento inicial de R$ 42,8 milhões, tem por objetivo reduzir as desigualdades na produção rural.
Também foram entregues máquinas agrícolas no Assentamento Santo Antonio da Fartura, e o IFMT (Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de Mato Grosso) vai fazer a análise do solo nos locais selecionados pela Federação dos Trabalhadores da Agricultura.