
Brasil – O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou nesta segunda-feira (26) a abertura de um inquérito contra o deputado federal licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP), por suposta atuação nos Estados Unidos contra o Judiciário brasileiro e coação de ministros da Corte.
Alexandre de Moraes atendeu a um pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR), que afirma que o deputado tem utilizado “tom intimidatório” para tentar atrapalhar o julgamento da ação penal contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) pelos atos de 8 de janeiro de 2023. Inicialmente, o ministro determinou sigilo sobre o processo, mas voltou atrás na decisão.
“A busca por sanções internacionais a membros do Poder Judiciário visa interferir sobre o andamento regular dos procedimentos de ordem criminal, inclusive ação penal em curso contra o sr. Jair Bolsonaro”, afirma o procurador-geral Paulo Gonet na petição. Foram listadas diversas declarações públicas que mostrariam a intimidação contra integrantes do STF.
Alexandre de Moraes autorizou que Eduardo Bolsonaro preste esclarecimentos por escrito no inquérito aberto por coação contra integrantes da Corte. Moraes determinou ainda que, além do deputado, o ex-presidente Jair Bolsonaro também seja ouvido. O ministro afirma que o ex-presidente pode ser diretamente beneficiado pelas ações do filho e que já declarou ser o responsável financeiro por sua permanência em território americano, segundo informações da jornalista Daniela Lima, da GloboNews.
Eduardo Bolsonaro se licenciou do cargo de deputado federal em março e se mudou para os Estados Unidos. Durante o anúncio de licenciatura, o filho de Jair Bolsonaro afirmou que ficaria no país americano para “resgatar liberdades perdidas” no Brasil. Ele também disse que ele e o ex-presidente sofrem, “perseguição” no país.







