Na última terça-feira (27), a jornalista Andréia Sadi criticou o presidente Lula durante o programa ‘Estúdio I’, da GloboNews, ao comentar os ataques sofridos pela ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, em uma sessão do Senado.

Durante a reunião, o senador Marcos Rogério (PL-RO) ironizou as queixas de Marina e a impediu de concluir sua fala. A ministra reagiu afirmando que o senador queria que ela fosse “uma mulher submissa”. Em resposta, Rogério disparou: “Me respeite, se ponha no teu lugar”, provocando tumulto e ataques de outros parlamentares da direita e extrema-direita.

Sadi se mostrou indignada com o silêncio do governo diante do episódio e cobrou publicamente uma postura mais firme de Lula, dizendo que a “tropa de choque” do Planalto não saiu em defesa da ministra. No entanto, o líder do PT no Senado, Rogério Carvalho (SE), e outras parlamentares manifestaram apoio a Marina durante a sessão.

A fala de Sadi gerou forte repercussão nas redes sociais, principalmente em perfis ligados à TV Globo. Críticos acusaram a jornalista de “feminismo seletivo” e de forçar críticas ao presidente. “As feministas de ocasião cobram o Lula em vez de se indignarem com o senador que atacou covardemente a ministra”, comentou um usuário.

Outros internautas lembraram que jornalistas da GloboNews criticaram a presença da primeira-dama Janja em reunião oficial na China e apontaram incoerência na postura do canal. Também foi citado o comentário de Merval Pereira, que disse que Dilma Rousseff só chegou ao poder por ser “mulher de Lula”, sem que houvesse repercussão semelhante.

As críticas a Andréia Sadi levantaram debates sobre seletividade na defesa de mulheres em cargos de poder e o papel da mídia nas disputas políticas.