
A filha de Odair dos Santos, pai de santo cremado por engano em São Paulo no dia 1º de maio, cobrou a responsabilização do cemitério durante entrevista à TV Globo. Josiane Sathler descobriu o erro quando a família foi transferir o corpo para um jazigo definitivo no Cemitério São Pedro, na Vila Alpina.
“Foi quando percebemos que não era o corpo do meu pai, mas o de uma mulher. Meu pai virou fumaça, virou poeira. Acabou. O cemitério tem que ser responsabilizado. Isso é grave”, afirmou Josiane.
A família não autorizou a cremação e destacou que Odair seguia tradições umbandistas, que não aceitam o procedimento. Para Josiane, o caso representa um desrespeito à memória do pai e causa uma dor irreparável.
A concessionária Velar, que administra o cemitério, reconheceu o erro, atribuiu a falha a um engano humano, devolveu as cinzas à família, pediu desculpas e disse estar aberta ao diálogo.
A Polícia Civil afirmou que não irá investigar o caso por não ver crime, já que não houve comprovação de intenção de desrespeito. O caso é tratado como erro operacional.