O vereador Marcelo Messias (MDB), relator da representação contra a vereadora Cris Monteiro (Novo), recomendou o arquivamento do caso na Corregedoria da Câmara Municipal de São Paulo. A denúncia foi motivada por uma declaração da parlamentar durante uma sessão no plenário, quando afirmou que “uma mulher branca, bonita e rica incomoda”, em meio a discussões sobre o reajuste dos servidores públicos.
No parecer, Messias defende a “não admissão” da representação e argumenta que a fala ocorreu em um “debate acalorado”, sem evidência clara de intenção discriminatória. Ele também afirmou que não houve dano à imagem da Câmara nem infração ética que justifique sanção.
A fala de Cris Monteiro gerou forte reação de sindicalistas e de parlamentares da oposição, como Luana Alves (PSOL), que a acusaram de racismo. Após o episódio, Monteiro se desculpou publicamente, alegando não ter tido a intenção de ofender.
Para o relator, a vereadora expressou uma percepção pessoal de como se sentia tratada durante o embate com opositores e utilizou “tom reativo e retórico”. Segundo ele, o discurso não promoveu ódio ou superioridade de raça, classe ou gênero.
