
A prisão de Poze do Rodo gerou forte mobilização de Oruam, que chegou a reunir uma multidão na porta do presídio em apoio ao amigo. No entanto, enquanto se engaja publicamente em defesa do MC, o rapper enfrenta sua própria crise judicial — revelada com exclusividade pela coluna de Fábia Oliveira.
Oruam é investigado por disparo de arma de fogo, ocorrido em 16 de dezembro de 2024. O caso motivou uma operação de busca e apreensão em sua mansão, durante a qual a polícia prendeu Yuri Pereira Gonçalves, amigo do artista que estava foragido e foi localizado na residência.
A investigação, conduzida pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE) do Rio de Janeiro, chegou até a mãe do rapper, Márcia Gama dos Santos Nepomuceno. Um ofício da Polícia Civil fluminense enviado ao Tribunal de Justiça de São Paulo (TJSP) revela que foi apreendido um celular dela com grande volume de dados: mais de 20 mil conversas, 460 mil mídias e 35 mil contatos.
Segundo o delegado responsável, o conteúdo é tão extenso que exige mais tempo para análise. A solicitação de prazo adicional menciona o comportamento suspeito da mãe de Oruam durante a operação — ela teria escondido aparelhos e tentado distrair os agentes. Um dos celulares foi encontrado em um compartimento oculto de um móvel, o que aumentou as suspeitas sobre o material armazenado.
Indícios de outros crimes
A polícia afirma já ter identificado indícios de crimes além do disparo de arma, incluindo possíveis práticas de lavagem de dinheiro. Por isso, o delegado pediu autorização para compartilhar as provas com outras investigações. O Ministério Público de São Paulo se manifestou favorável ao pedido.
A trama envolvendo Oruam e sua família, agora com novos elementos criminais, segue em investigação.