Nesta quinta-feira (5), o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) será homenageado pela Academia Francesa, instituição equivalente à Academia Brasileira de Letras. A honraria, considerada um “privilégio raro” pelo presidente francês Emmanuel Macron, foi concedida anteriormente a apenas um brasileiro: dom Pedro II, em 1872.
Macron destacou que a homenagem expressa “respeito e admiração” por Lula, acrescentando que “o Brasil está em casa na França”. Segundo ele, é motivo de orgulho ver o presidente brasileiro ser recebido sob a cúpula da Academia Francesa para discursar.
Desde sua fundação no século XVII, apenas 19 chefes de Estado foram homenageados pela instituição. Macron afirmou ainda que França e Brasil compartilham valores comuns, como a defesa das florestas, o combate às mudanças climáticas e a proteção da biodiversidade — ambos os países têm territórios na Amazônia, incluindo a Guiana Francesa.
O presidente francês também anunciou que organizará, na Bahia, um encontro com países africanos antes da COP30, como parte da cooperação bilateral. Ele ressaltou ainda avanços em áreas como ciência e saúde, citando o projeto conjunto de produção de vacinas, fruto da parceria entre o Brasil e o Instituto Pasteur.
Por fim, Macron antecipou que novas iniciativas serão anunciadas em Nice, durante o Fórum Econômico França-Brasil e a Conferência da ONU sobre os Oceanos. Os projetos envolvem setores como transporte, energia renovável, energia nuclear e minérios críticos.
