No depoimento prestado nesta terça-feira (10) ao ministro do STF Alexandre de Moraes, o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) afirmou ter avaliado “possibilidades” estritamente dentro dos limites da Constituição Federal de 1988, negando qualquer menção a tentativa de golpe de Estado.

Questionado sobre uma reunião realizada em 7 de dezembro de 2024 com o ministro da Defesa Paulo Sérgio, o comandante Freire Gomes e o almirante Garnier, Bolsonaro garantiu que “nunca se falou em golpe”.

Ao ser questionado novamente sobre encontros com militares e o ex-ministro, o ex-presidente explicou que as reuniões trataram de diversos temas, incluindo a Garantia da Lei e da Ordem, diante das paralisações dos caminhoneiros.

Bolsonaro reforçou: “Como mencionou Freire Gomes, estudamos possibilidades, mas todas dentro da Constituição, ou seja, sem ultrapassar as quatro linhas”.

Ele negou a existência de um plano concreto para um golpe, afirmando que “não havia clima nem base minimamente sólida para isso”. Sobre o papel das Forças Armadas, declarou que não sofreu ameaças ou pressões: “As Forças Armadas cumprem a missão legal que lhes é atribuída. Missão ilegal não é cumprida. Em nenhum momento fui ameaçado de prisão”, concluiu.