O atacante Bruno Henrique, do Flamengo, foi denunciado formalmente por participação em um esquema de manipulação de apostas. A acusação aponta que o jogador teria se comprometido a levar um cartão amarelo em uma partida do Campeonato Brasileiro de 2023, em benefício de apostadores ligados a ele.

A denúncia criminal inclui suspeitas de manipulação de resultado esportivo, estelionato consumado em coautoria e tentativa de estelionato. Segundo o processo, Bruno Henrique teria trocado mensagens com o irmão, Wander Nunes Pinto Júnior, indicando que receberia o cartão durante o confronto entre Flamengo e Santos, no dia 29 de outubro.

Em conversas captadas pela investigação, o jogador confirma que estava “pendurado” com dois cartões amarelos e afirma que receberia o terceiro justamente no jogo contra o Santos. A comunicação revela que os familiares estariam aguardando o momento certo para lucrar com a aposta, sugerindo que o suposto cartão fosse aplicado sob controle.

A investigação concluiu que o atleta teria colaborado com um esquema que envolvia um grupo de apostadores e seus próprios familiares. O material analisado mostra uma articulação para lucrar com a manipulação de eventos dentro de campo, prática que é considerada crime conforme a nova legislação sobre integridade esportiva.

Com a denúncia apresentada, cabe ao Judiciário decidir se Bruno Henrique se tornará réu. Caso a acusação seja aceita, o jogador responderá criminalmente por fraude e estelionato. Mesmo que o caso seja arquivado na esfera penal, ele ainda pode ser julgado na Justiça Desportiva.

A defesa do atleta alega que a denúncia é infundada e que seu timing é suspeito, já que foi apresentada no mesmo dia da divulgação da lista para o Super Mundial de Clubes da FIFA, onde o nome de Bruno Henrique aparece. A defesa promete contestar as acusações com rigor técnico.