O procurador-geral da República, Paulo Gonet, se posicionou contra o pedido de prisão domiciliar feito pela defesa de João Cláudio Tozzi, de 61 anos, um dos condenados pelos atos de 8 de janeiro. Tozzi ficou conhecido por ter se sentado na cadeira do ministro Alexandre de Moraes, do STF, durante a invasão.

A defesa alega que Tozzi sofre de epilepsia e apresentou laudos médicos para embasar o pedido. No entanto, Gonet argumentou que os documentos não deixam claro se o tratamento necessário pode ou não ser viabilizado no presídio.

Segundo um relatório médico da Casa de Custódia de Maringá, datado de 4 de junho de 2025, Tozzi segue em tratamento medicamentoso contínuo, com ajustes realizados após a prisão. Apesar disso, o PGR ressaltou que não houve esclarecimento sobre a viabilidade do tratamento dentro da unidade prisional.

Missão oficial na Argentina

Paralelamente, a Comissão de Relações Exteriores da Câmara aprovou uma missão à Argentina para visitar cinco brasileiros presos no Complexo Penitenciário de Ezeiza. Eles solicitaram refúgio político no país após serem condenados pelo STF por participação nos atos de 8 de janeiro.

A missão foi solicitada pelo deputado Marcel van Hatten (Novo-RS). Segundo ele, as penas dos detidos variam entre 13 anos e seis meses a 17 anos de reclusão. A visita ocorre um mês após uma comitiva de senadores realizar ação semelhante.