
O governo Lula acumulou R$ 324,3 bilhões em gastos fora das regras fiscais entre 2023 e 2025. Os dados são da Instituição Fiscal Independente (IFI) do Senado. Esses valores não entram na conta da meta de déficit zero prometida para 2024 e 2025.
O pico foi em 2023, com R$ 241,3 bilhões. Em 2024, a previsão caiu para R$ 33,8 bilhões, e para 2025, a projeção é de R$ 49,3 bilhões.
Grande parte da despesa de 2023 veio da chamada “PEC fura-teto”, que liberou R$ 145 bilhões para ampliar benefícios sociais. Também houve o pagamento de R$ 92,4 bilhões em precatórios, acumulados após adiamentos durante o governo anterior.
Em 2024, o destaque é a ajuda ao Rio Grande do Sul, com R$ 29 bilhões destinados ao enfrentamento das enchentes. Outros R$ 1,4 bilhão foram usados no combate a queimadas.
Para 2025, os precatórios voltam a liderar os gastos fora da meta, com previsão de R$ 45,3 bilhões. Essa autorização vale até 2026.
Com o novo marco fiscal, o teto de gastos que limitava as despesas à inflação foi substituído por uma regra que permite crescimento de até 2,5% ao ano, dependendo da arrecadação.
Além disso, o governo pode ter um novo gasto extra com a compensação a aposentados e pensionistas prejudicados por descontos indevidos no INSS. A estimativa é de até R$ 6,5 bilhões, mas o valor exato ainda será definido.
Durante a gestão Bolsonaro, os gastos fora do teto somaram R$ 119,9 bilhões, com destaque para o Auxílio Emergencial e a PEC das Bondades, que ampliaram benefícios em 2022.