Uma mulher de 61 anos foi detida em flagrante neste sábado (14) após proferir insultos homofóbicos contra um homem no Shopping Iguatemi, na Zona Oeste de São Paulo.

A jornalista Adriana Catarina Ramos de Oliveira foi filmada chamando Gabriel Galluzzi Saraiva, de 39 anos, de “bicha nojenta” enquanto ele estava sentado ao seu lado em uma cafeteria do shopping. As ofensas foram registradas por diferentes celulares. O caso foi registrado como injúria no 14º Distrito Policial de Pinheiros.

Durante a discussão, Adriana ainda chamou Gabriel de “assassino”, enquanto ele a xingava de “imbecil”. O vídeo não mostra o início da confusão, mas é possível ver Adriana visivelmente nervosa e ofendendo o homem, que também reage com irritação.

Adriana afirmou que Gabriel e seu grupo riam dela enquanto ela falava ao telefone e que foi alvo de etarismo. Ela disse estar ansiosa e nervosa por uma cirurgia de prótese no joelho marcada para o dia 27 e que começou a chorar ao telefone. Segundo ela, as pessoas ao lado riam e faziam comentários maldosos, o que teria provocado sua reação.

“Eu estava ao telefone, muito ansiosa, e eles começaram a rir de mim, dizendo que eu precisava ser anestesiada. Quando me chamaram para falar baixo e calar a boca, respondi com os xingamentos. Sim, me arrependo”, afirmou.

Gabriel contou que Adriana falava alto e de forma descontrolada ao pedir a conta, o que levou ele a pedir que ela se acalmasse para não perturbar a atendente. Segundo ele, as ofensas homofóbicas começaram após essa intervenção.

“Estávamos tomando café por volta das 15h30 quando uma senhora na mesa ao lado começou a pedir a conta de forma exaltada, repetindo várias vezes que queria ir embora. Intervim dizendo para ela se acalmar, mas então ela partiu para os ataques pessoais contra mim”, relatou Gabriel.

Uma testemunha que estava próxima confirmou a versão da vítima, relatando que ouviu a mulher gritar com a funcionária do café e depois ofender Gabriel com palavras como “bicha nojenta” e “você não deveria estar aqui”.

A Secretaria de Segurança Pública de São Paulo confirmou a prisão da jornalista, informando que testemunhas corroboraram a versão do homem. O caso segue registrado como injúria no 14º DP e a acusada está à disposição da Justiça.