Um ataque israelense na madrugada desta terça-feira (17) atingiu um centro de comando secreto usado pelo alto escalão militar do Irã, forçando a fuga dos membros restantes da liderança iraniana. A informação foi divulgada pelas Forças de Defesa de Israel (IDF).

Segundo o jornal The Times of Israel, o chefe da Diretoria de Operações das IDF, major-general Oded Basiuk, afirmou que o principal quartel-general militar de emergência do regime iraniano foi neutralizado. Ele declarou ainda que as forças israelenses estão “preparadas e prontas para continuar eliminando os chefes do terror no Irã, um por um”.

O ataque faz parte de uma escalada militar iniciada na última quinta-feira (12), quando Israel lançou uma “ofensiva preventiva” contra o programa nuclear iraniano. Antes mesmo dessa ação, o governo de Benjamin Netanyahu já vinha intensificando as ameaças ao regime do aiatolá Ali Khamenei, devido ao avanço das atividades nucleares do Irã, visto como uma ameaça direta por Israel.

O Oriente Médio vive agora um momento de alta tensão. O conflito entre os dois países, que já são rivais históricos, preocupa a comunidade internacional e aumenta o risco de uma guerra de maiores proporções.

A ofensiva israelense ocorreu antes mesmo da morte do chefe do Estado-Maior de Guerra do Irã, Ali Shadmani, morto em um ataque aéreo. Ele havia assumido o cargo após o assassinato de Gholamali Rashid, ocorrido na semana anterior, também atribuído a Israel.

Além da destruição do centro de comando, Israel sofreu novos bombardeios na madrugada desta terça-feira. De acordo com o general de brigada israelense Effie Defrin, cerca de 30 mísseis foram lançados contra o território israelense. A maioria foi interceptada, mas alguns impactos foram registrados.

Em resposta, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores do Irã, Esmaeil Baqaei, acusou Israel de violar normas internacionais e desrespeitar padrões de conduta em conflitos armados.