Christina Lackmann, de 32 anos, estudante de ciências biomédicas, morreu em abril de 2021, em Melbourne, na Austrália, após ingerir uma quantidade fatal de cafeína. O resultado da necrópsia, divulgado nesta semana, confirmou a causa da morte.

De acordo com a imprensa local, Lackmann ligou para os serviços de emergência por volta das 20h, relatando sintomas como tontura, dormência e incapacidade de se levantar. O atendimento foi classificado como não urgente, o que resultou em um atraso de cerca de sete horas no envio da ambulância.

A equipe médica só chegou após as 2h da madrugada, acessando o apartamento com a ajuda de um vizinho. Christina foi encontrada já sem vida no banheiro, com o cachorro ao lado, demonstrando sinais de agitação.

Exames toxicológicos apontaram níveis críticos de cafeína no sangue. Registros indicam que, no mesmo dia da morte, ela havia recebido uma encomenda com 90 comprimidos de cafeína de 200 mg cada.

A legista Catherine Fitzgerald confirmou que a causa da morte foi a ingestão excessiva de cafeína, mas disse não haver evidências claras de intenção suicida. Sobre a possibilidade de sobrevivência com atendimento mais rápido, a legista afirmou que não é possível afirmar com precisão.

Overdoses de cafeína, embora raras, podem se desenvolver rapidamente. Em março de 2024, outro caso ganhou repercussão na Austrália, com a morte de uma jovem de 28 anos que consumia bebidas energéticas em excesso. Em 2018, o músico Lachlan Foote, de 21 anos, também faleceu após adicionar uma colher de chá de cafeína em pó a um shake proteico.

Especialistas recomendam que adultos saudáveis limitem o consumo diário de cafeína a até 400 mg, o equivalente a quatro xícaras de café. Doses letais variam entre 5 e 10 gramas.

Os principais sintomas de overdose incluem náuseas, vômitos, tremores, ansiedade, taquicardia, dores no peito e, em casos mais graves, arritmias fatais e morte súbita.