A Polícia Militar de Mato Grosso (PMMT) prendeu, na última quinta-feira (19), um funcionário de um frigorífico e o comprador de um lote de pedras de vesícula biliar de bois furtadas, em Várzea Grande, região metropolitana de Cuiabá.

O caso veio à tona após o gerente do frigorífico flagrar o funcionário retirando as pedras da vesícula de um animal abatido. Ao perceber que havia sido visto, o suspeito tentou esconder o crime recolocando o material dentro do boi. Durante a abordagem, ele confessou o furto e revelou que já vinha comercializando as pedras clandestinamente para um colega.

Na casa do funcionário, os policiais encontraram mais duas pedras de vesícula, além de um revólver e cinco munições. Já na residência do receptador, os agentes localizaram outras duas pedras intactas e porções fragmentadas do material, além de outro revólver, 19 munições e duas balanças de precisão.

Ambos foram conduzidos à Central de Flagrantes de Mato Grosso. A investigação segue sob responsabilidade da Polícia Judiciária Civil (PJCMT).

Apelidadas de “ouro bovino”, as pedras de vesícula têm alto valor comercial no mercado internacional, especialmente em países asiáticos, onde são utilizadas na medicina tradicional. No Brasil, o quilo desse material pode chegar a valores entre US$ 1,7 mil e US$ 4 mil (cerca de R$ 9,5 mil a R$ 22,2 mil por pedra), dependendo do tamanho e da pureza.

Raras, as pedras aparecem em menos de 1% dos animais abatidos, o que tem estimulado o surgimento de um mercado paralelo e muitas vezes ilegal, alimentado por contrabandistas.