Brasil – As imagens do governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), posando com a bandeira de Israel durante a Marcha Para Jesus na última quinta-feira (19/6) geraram críticas de opositores de Tarcísio e aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT).

Nas redes sociais, o ministro do Empreendedorismo, da Microempresa e da Empresa de Pequeno Porte, Márcio França (PSB), afirmou que o governador paulista “humilhou toda a comunidade árabe, síria e libanesa” e classificou o ato como um “erro grave” de Tarcísio.

“O Estado de São Paulo é onde mais tem libaneses em todo o mundo, mais de dez milhões de pessoas têm origem libanesa, síria e árabe. São Paulo é um estado da federação, não tem que se meter em guerra de ninguém”, afirmou França em publicação no Instagram nessa sexta-feira (20/6).

O ministro é pré-candidato ao governo de São Paulo pelo PSB e deve travar uma disputa para ser o nome apoiado por Lula no pleito.

Outro aliado de Lula e adversário político de Tarcísio em São Paulo que criticou o gesto do mandatário paulista foi Guilherme Boulos (PSol), candidato derrotado por Ricardo Nunes no 2º turno nas eleições à prefeitura da capital em 2024.

Boulos, que é cotado para ser ministro de Lula e também é um possível candidato do campo da esquerda ao Palácio dos Bandeirantes em 2026, publicou nas redes sociais uma foto de Tarcísio com a bandeira de Israel com a frase: “Árabes de São Paulo: lembrem-se dessa foto de apoio ao genocídio em Gaza”.

Pose com bandeira e gesto a evangélicos

Em meio aos conflitos no Oriente Médio envolvendo Israel, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) e o prefeito Ricardo Nunes (MDB) apareceram segurando e enrolados a bandeiras do Estado judeu durante a 33ª Marcha para Jesus, que acontece na quinta-feira (19/6) em São Paulo.

Nunes percorreu o trajeto do centro ao Campo de Marte, na zona norte da capital, com o símbolo em mãos.

Já Tarcísio, que comemorou seu aniversário no dia da Marcha, segurou a bandeira em alguns momentos ao longo do evento.

Durante o evento, Claudio Lottenberg, presidente da Confederação Israelita do Brasil, agradeceu o apoio da comunidade evangélica.

“No momento em que o mundo vira as costas, vocês têm nos dado força (…). Israel está aqui ao lado dos irmãos evangélicos”.

Além dos políticos, muitos fiéis surgiram abraçados e enrolados à bandeira de Israel (veja abaixo). Eles atribuem o gesto à forte ligação entre parte da comunidade e o Estado judeu.