Na noite do último domingo (22), uma explosão devastou a Igreja Mar Elias, localizada no bairro Dweila, nos arredores de Damasco, capital da Síria. Segundo relatos preliminares, o ataque foi provocado por um homem-bomba, que teria invadido o templo durante um culto, aberto fogo e, em seguida, detonado um colete explosivo.

Fontes de segurança informaram que pelo menos 20 pessoas morreram e dezenas ficaram feridas. Testemunhas relataram cenas de pânico, com corpos espalhados, poças de sangue e destroços de móveis e bancos destruídos dentro da igreja. Há informações de que crianças estão entre as vítimas.

Autoridades locais e a imprensa síria apontam que o autor do atentado seria membro do grupo terrorista Estado Islâmico. Uma fonte de segurança disse que dois homens participaram da ação, incluindo o suicida que se explodiu.

O Ministério do Interior sírio confirmou a dinâmica do ataque e reforçou que este foi o primeiro atentado suicida registrado dentro da capital desde a queda do ex-presidente Bashar al-Assad, deposto por uma insurgência liderada por islamistas em dezembro.

O atual presidente da Síria, Ahmed al-Sharaa, que assumiu o poder em janeiro após comandar a ofensiva que derrubou Assad, declarou que a segurança das minorias religiosas será uma prioridade durante seu governo de transição.

A Síria ocupa atualmente a 18ª posição na Lista Mundial da Perseguição 2025, que aponta os países com maior índice de violência e discriminação contra cristãos.