Brasil – O ex-jogador Alexandre Pato se ofereceu para arcar com todos os custos para trazer ao Brasil o corpo da brasileira Juliana Marins, que morreu após cair em um vulcão na Indonésia. Ele entrou em contato com um perfil pedindo ajuda para localizar a família e já conseguiu falar com o pai da jovem.

“Alexandre Pato entrou em contato, sim, com um Instagram e conseguiu conversar com a família. Essa foi a resposta que ele pediu para passar para a imprensa. Como é algo pessoal, ele prefere não falar (dar entrevistas)”, disse a assessoria do SBT. Pato é casado com Rebeca Abravanel, filha de Silvio Santos.

O atleta ficou sensibilizado ao saber que a família de Juliana deverá arcar com um valor entre R$ 20 mil e R$ 30 mil para trazer o corpo dela ao Brasil.

Ao perfil “Alfinetei”, ele disse que pretende “pagar esse valor para que todos tenham paz e para que ela possa descansar ao lado da família”.

O Itamaraty comunicou que não pode arcar com os custos do translado do corpo de Juliana Marins, e que a responsabilidade é da família.

Segundo o Decreto nº 9.199/2017, despesas com traslado de corpos no exterior são consideradas de natureza privada. O governo oferece apenas apoio consular e orientação.

Em 2018, Pato também ajudou a influenciadora Nara Almeida, custeando parte do tratamento contra o câncer, ao pagar seis meses de um medicamento de alto custo.

Família alerta tentativa de golpe

A família da publicitária Juliana Marins, de 26 anos, compartilhou no perfil criado para publicação de notícias sobre o resgate dela um alerta para perfis falsos que pedem dinheiro em nome dos parentes da jovem. O texto afirma que não há vaquinhas ativas e pede que os golpistas sejam denunciados.

A brasileira foi encontrada morta nesta terça-feira, após cair numa ribanceira no Monte Rinjani, na ilha de Lombok, na Indonésia e permanecer presa por quase quatro dias em uma encosta de difícil acesso, sem água, comida ou abrigo.

O perfil que publicou a notícia do golpe foi o mesmo usado pela família para confirmar a morte da jovem, por volta das 11h desta terça-feira. “Hoje a equipe de resgate conseguiu chegar até o local onde Juliana Marins estava. Com imensa tristeza informamos que ela não resistiu. Seguimos muito gratos por todas as orações, mensagens de carinho e apoio que temos recebido”, diz o texto.

O corpo de Juliana Maris foi içado com sucesso na manhã desta quarta-feira, 25. A informação foi confirmada pelo chefe da Basarnas (Agência Nacional de Busca e Resgate), Marechal do Ar TNI Muhammad Syafi’i. Em entrevista à televisão indonésia, Syafi’i contou que o mau tempo na região impediu o uso de helicópteros no resgate.

Uma aeronave chegou a decolar para dar apoio aéreo, mas precisou recuar por causa das condições climáticas. As autoridades decidiram, então, concluir o resgate com cordas e sistema de içamento. Uma equipe de sete socorristas foi mobilizada: quatro foram até a vítima, a cerca de 600 metros de profundidade do penhasco, e outros três ficaram no ponto de apoio.

“A distância entre o ponto superior e o local onde estava a vítima é de cerca de 600 metros, com vários pontos de ancoragem, o que torna o processo mais demorado. Neste momento, de acordo com informações do comandante de serviço em campo, a vítima já foi retirada até o ponto de apoio”, disse Syafi’i.

Segundo o chefe da missão, o corpo de Juliana foi levado ao posto de Sembalun para ser encaminhado ao Hospital da Polícia (RS Polri).

“Após a entrega oficial do corpo pela Basarnas ao hospital, o processo de repatriação ou procedimentos posteriores ficarão a cargo das autoridades e da família”, disse ele.