A Justiça Federal rejeitou, nesta quarta-feira (2), o pedido de liminar que visava anular um contrato de segurança firmado entre a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), a vereadora de São Paulo Amanda Paschoal (PSOL) e a empresa MAPI. A ação popular foi proposta pelo vereador Guilherme Kilter (Novo-PR), de Curitiba, que acusa as parlamentares de utilizarem recursos públicos para a contratação de segurança privada.

No entanto, o Judiciário entendeu que não há evidências suficientes para comprovar o uso de verba pública nesses contratos.

De acordo com a denúncia de Kilter, as parlamentares teriam contratado a MAPI Consultoria em Sistemas de Segurança e Proteção Comunitária Ltda., que operaria sem a autorização da Polícia Federal, contrariando o previsto no Estatuto da Segurança Privada. O valor estimado das contratações gira em torno de R$ 192,6 mil.

A acusação afirma que os pagamentos teriam sido feitos com recursos da cota parlamentar e da verba de gabinete.

— Erika Hilton demonstra total desrespeito pelo dinheiro público e pelos contribuintes — declarou Kilter ao Estadão.

O vereador ainda questiona a idoneidade da empresa, afirmando que a MAPI seria uma empresa de fachada, já que não possui site oficial ou perfis nas redes sociais.

— Quem já viu uma empresa que não investe sequer em divulgação para oferecer seus serviços? — questionou ele em suas redes.