Após deixar a Semed, Dulce Almeida passou a ser investigada pelo Ministério Público do Amazonas (MP-AM) por suspeita de ter autorizado o repasse irregular de R$ 41,8 milhões do Fundeb para o Fundo de Assistência à Saúde do Servidor do Município (Funserv). A ex-secretária, que é irmã do prefeito David Almeida (Avante), teria ordenado transferências ilegais em 2023 e 2024, contrariando o que determina a Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que proíbe o uso do Fundeb para fins assistenciais, como planos de saúde.

De acordo com o MP, foram R$ 10,2 milhões desviados em 2023 e mais R$ 31,6 milhões em 2024. A conduta, classificada como ilegal, também está sob apuração no Tribunal de Contas do Estado do Amazonas (TCE-AM). Documentos entregues aos dois órgãos de controle comprovam as transferências indevidas feitas durante a gestão de Dulce na Secretaria Municipal de Educação.

A investigação se soma a uma série de denúncias que expõem a má gestão de recursos públicos por parte da Prefeitura de Manaus na gestão de David Almeida. O MP exigiu que a Semed envie toda a documentação referente aos pagamentos realizados ao Funserv com verba do Fundeb.