O Partido dos Trabalhadores (PT) protocolou nesta quinta-feira (10) uma nova representação no Conselho de Ética da Câmara pedindo a cassação do mandato do deputado licenciado Eduardo Bolsonaro (PL-SP). A legenda acusa o parlamentar de “atuação reiterada no exterior contra os interesses da República”. O pedido, assinado pelo líder do PT na Câmara, Lindbergh Farias (RJ), e pelo presidente em exercício do partido, senador Humberto Costa (PE), complementa uma denúncia já apresentada em fevereiro contra o filho do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).

No documento, o PT aponta que Eduardo teve participação “direta” na articulação de sanções econômicas unilaterais impostas pelo ex-presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, o que configuraria “afronta à soberania nacional” e violação das normas éticas da função parlamentar.

Na quarta-feira (9), Trump anunciou uma taxação de 50% sobre produtos brasileiros. Logo depois, Eduardo, que mora nos EUA e admite atuar por sanções contra o STF, divulgou uma nota cobrando que o Congresso vote uma anistia para Jair Bolsonaro. No texto, intitulado “Uma hora a conta chega”, ele pede que autoridades “evitem escalar o conflito” e busquem uma “saída institucional que restaure as liberdades”.