
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva negou nesta segunda-feira (21) que exista uma “guerra tarifária” em andamento entre Brasil e Estados Unidos. De acordo com o petista, esse confronto só terá início se o governo brasileiro decidir reagir à tarifa de 50% anunciada pelo presidente norte-americano, Donald Trump, no dia 9 de julho. A nova taxa incide sobre todos os produtos brasileiros vendidos aos EUA.
“Não estamos em uma guerra tarifária. Ela vai começar quando eu responder ao Trump, caso ele não volte atrás”, afirmou Lula em Santiago, no Chile, onde participou de um encontro em defesa da democracia.
O presidente criticou as condições impostas por Trump, que relacionou a medida à situação judicial do ex-presidente Jair Bolsonaro. “As condições não foram adequadas. Ninguém pode ser ameaçado com decisão judicial. Quem sou eu para decidir no lugar da Suprema Corte”, disse.
Lula também defendeu tratamento igual para empresas de ambos os países: “No Brasil, vamos fazer cumprir as leis para companhias brasileiras e americanas. Não existe um poder ser punido e o outro não. Todos terão os mesmos direitos e deveres.”