A família do presidente do STF, Luís Roberto Barroso, é proprietária de um apartamento de luxo em Miami, nos Estados Unidos, avaliado em cerca de US$ 4,1 milhões. O imóvel, de 158 metros quadrados, está registrado em nome de uma empresa offshore atualmente controlada pelo filho do ministro, o investidor Bernardo Van Brussel Barroso.

Nesta quarta-feira, o governo dos Estados Unidos incluiu o ministro Alexandre de Moraes, também do STF, na lista de sancionados pela Lei Magnitsky, que prevê bloqueios de bens e restrições a pessoas acusadas de corrupção ou violações de direitos humanos. Caso essas sanções sejam estendidas a outros membros do Supremo e seus familiares, o patrimônio da família de Barroso em Miami pode ser impactado.

Até o momento, não há confirmação se a medida será ampliada a outros ministros. No entanto, a suspensão de vistos já atinge outros nomes da Corte, como Edson Fachin, Cármen Lúcia, Rosa Weber, Ricardo Lewandowski, Dias Toffoli, Gilmar Mendes e o próprio Barroso.

O apartamento fica em Key Biscayne, uma área nobre e à beira-mar em Miami. Outras figuras do Judiciário brasileiro também têm propriedades na região, como o ex-ministro Joaquim Barbosa.

Os registros sobre o imóvel e a offshore são públicos e podem ser consultados em fontes abertas do Condado de Miami.

A assessoria de Barroso foi procurada para comentar o caso, mas ainda não se manifestou.