
A entrada de imigrantes venezuelanos no Brasil dobrou após as eleições municipais realizadas em julho no país vizinho. O pleito deu vitória ao candidato do partido do ditador Nicolás Maduro, o Partido Socialista Unido da Venezuela (PSUV), que conquistou 285 das 335 prefeituras, incluindo 23 das 24 capitais, segundo a agência AFP.
Na fronteira com o Brasil, em Pacaraima (RR), filas crescentes se formam para regularização migratória. De acordo com o portal G1, o clima entre os recém-chegados é de frustração e desânimo. Muitos relatam que, mesmo após quase uma década de crise, ainda conseguiam se manter na Venezuela, mas agora temem o agravamento da situação política e econômica.
A coordenadora da Cáritas Brasileira em Pacaraima, Luz Tremaria, destacou que a procura aumentou significativamente após as eleições. “Muitos perderam a esperança de mudanças políticas com a permanência de Maduro no poder e acreditam que terão uma vida melhor no Brasil”, afirmou.
O assessor nacional da Cáritas, Wellthon Leal, reforçou que o crescimento do fluxo migratório “não parece ser algo temporário”.
O êxodo de venezuelanos para o Brasil começou em 2015, impulsionado pela crise econômica, política e social. Desde então, mais de 1 milhão de pessoas cruzaram a fronteira, e mais da metade permanece em território brasileiro.





