
Na segunda reunião ministerial do ano, o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) priorizou o discurso em defesa da soberania nacional e criticou duramente o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP), classificando-o como “um dos maiores traidores da história” por sua atuação nos Estados Unidos.
No Palácio do Planalto, Lula e os 38 ministros presentes vestiram bonés com o slogan “O Brasil é dos brasileiros”, criado pelo chefe da Secretaria de Comunicação, Sidônio Palmeira, como recado às políticas de Donald Trump.
Durante o encontro, o presidente afirmou que Eduardo Bolsonaro deveria ter o mandato cassado, descrevendo a situação como uma “batalha política” do governo. “Não existe nada mais grave do que ter um filho custeado pela família, que já deveria ter sido expulso da Câmara, insuflando outro Estado contra o nosso. Vamos ter que fazer disso uma frente de batalha política”, declarou.
Lula também criticou o ex-presidente americano, afirmando que Trump “continua fazendo ameaças ao mundo inteiro” e age como um “imperador” global. “Se a gente gostasse de imperador, a gente não tinha acabado o Império. O Brasil ainda seria monarquia”, ironizou. O presidente pediu que, a partir de agora, os ministros incluam o tema da soberania nacional em suas falas.
O chefe do Executivo ainda demonstrou solidariedade ao ministro da Justiça, Ricardo Lewandowski, cujo visto foi revogado pelos EUA: “Estão deixando de receber uma personalidade da sua competência. É uma vergonha para eles, não para você.”