
A ONG Educafro ingressou com uma ação contra o Flamengo cobrando indenização de R$ 100 milhões por danos morais coletivos, acusando o clube de praticar racismo estrutural em suas políticas administrativas ao longo de décadas.
Na ação de 38 páginas, a entidade cita fatores como a elitização do acesso aos estádios com ingressos caros, a desvalorização de ídolos negros e episódios recentes envolvendo dirigentes. Entre as medidas exigidas estão a criação de uma comissão de igualdade racial com participação da sociedade civil, cotas em cargos de liderança, programas de formação antirracista para atletas e funcionários e ingressos populares a R$ 10, além de entradas gratuitas para estudantes da rede pública.
A ONG também relembrou que jogadores como Adílio e Andrade foram “invisibilizados” nas celebrações oficiais do clube e apontou declarações discriminatórias de dirigentes em 2023 e 2024. Segundo o fundador da Educafro, Frei David, a iniciativa busca provocar um debate amplo sobre o racismo no futebol e está aberta a um acordo de conciliação.
O Flamengo afirmou que ainda não foi citado oficialmente, classificou a ação como “lamentável e oportunista” e ressaltou que seu estatuto foi atualizado recentemente para incluir regras de combate ao racismo estrutural.