Um repórter fotográfico brasileiro foi detido na quarta-feira (27) em Belém (PA), enquanto trabalhava para a agência estatal chinesa Xinhua. A abordagem ocorreu no terminal portuário de Outeiro, em área alfandegária restrita, e foi feita por agentes da segurança portuária, que o encaminharam à sede da Polícia Federal. Ele foi liberado no mesmo dia.

Segundo a PF, o profissional entrou sem autorização na área em obras, localizada na praia de Brasília, a cerca de 20 km do centro da capital. O espaço passa por reformas para receber navios de cruzeiro durante a COP30, conferência climática da ONU prevista para novembro de 2025.

A detenção gerou reação imediata do Sindicato dos Jornalistas do Pará (Sinjor-PA), que acompanhou o caso e repudiou a ação.

Em nota, a Companhia Docas do Pará (CDP), responsável pelo terminal, reforçou que o acesso às áreas portuárias exige identificação e autorização prévia:
“O Terminal de Outeiro segue protocolos obrigatórios de segurança e integridade. Os procedimentos são os mesmos para todos, sejam funcionários ou visitantes”, destacou a estatal.

As obras fazem parte do plano logístico do governo federal para a conferência. O investimento, de R$ 180 milhões, prevê adaptações para atracação de dois navios de grande porte que funcionarão como hotéis flutuantes, oferecendo cerca de 3,9 mil cabines para 6 mil pessoas. A entrega está marcada para outubro de 2025, um mês antes do evento.