
O preço do café disparou diretamente na roça: a saca ficou R$ 500 mais cara ao longo de agosto, tanto para os grãos arábica quanto para os robusta, os tipos mais cultivados no Brasil.
Segundo a Universidade de São Paulo (USP), a saca de 60 quilos do arábica encerrou agosto cotada a R$ 2,3 mil, um aumento de 28% em relação ao fechamento de julho, quando estava em R$ 1,8 mil. No caso do robusta, o impacto foi ainda mais expressivo: a saca passou de R$ 1 mil para R$ 1,5 mil, uma alta de 50%.
Motivos para a alta
De acordo com a USP, o aumento nos preços é explicado pela oferta limitada e quebras de produção acima do esperado, o que dificulta a recomposição dos estoques globais. Outro fator que pressiona os valores é a sobretaxa aplicada pelos Estados Unidos. Mesmo com redução nos embarques para o mercado norte-americano, a tarifa adicional eleva a cotação na Bolsa de Nova York, refletindo diretamente nos preços brasileiros.
O Brasil mantém papel central no mercado mundial de café, sendo o maior produtor e exportador do planeta. Para 2025, a produção global é estimada em 178 milhões de toneladas, com cerca de 36% colhidas no país. Em segundo lugar, o Vietnã responde por apenas 17% da safra mundial.