Manaus – O caso envolvendo a morte da ex-sinhazinha do Boi Garantido, Djidja Cardoso, voltou a ganhar repercussão após influenciadores de Manaus retomarem a divulgação do salão Belle Femme, antigo empreendimento da empresária. Entre os nomes que participaram da ação está a blogueira transexual Luana Pantoja, que publicou em suas redes sociais uma campanha publicitária promovendo produtos e serviços do espaço.

A iniciativa gerou polêmica ao incluir uma fotografia de Djidja ao lado da mãe, Cleusimar Cardoso, e do irmão, Ademar Cardoso — ambos condenados a mais de dez anos de prisão por tráfico de drogas em processo relacionado à morte da empresária.

Djidja foi figura de destaque no Festival de Parintins, onde representou a sinhazinha do Boi Garantido entre 2016 e 2020. Em 28 de maio de 2024, foi encontrada morta em Manaus. O caso ganhou repercussão nacional por envolver drogas, rituais religiosos e crimes de tráfico. A principal linha de investigação aponta overdose de cetamina como provável causa da morte, mas o laudo definitivo do Instituto Médico Legal (IML) ainda não foi divulgado.

Na última segunda-feira (22), o Tribunal de Justiça do Amazonas (TJ-AM) anulou o processo contra os réus do caso. A decisão atendeu a recurso da defesa, acolhido pelo Ministério Público, que apontou falhas na condução da ação penal. O TJ-AM reconheceu cerceamento de defesa devido à inclusão de laudos toxicológicos após as alegações finais, declarando nula a sentença e todos os atos subsequentes, determinando o retorno do processo à primeira instância.