Na última quarta-feira (24), o ministro da Casa Civil, Rui Costa, anunciou que o governo federal irá acionar judicialmente hotéis que estejam praticando preços abusivos durante a 30ª Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas (COP30), marcada para novembro em Belém (PA).

“Vamos agir judicialmente para trazer os preços para um patamar razoável. Não é justo que hotéis, inclusive alguns que utilizam prédios públicos ou receberam recursos subsidiados, cobrem valores estratosféricos. Isso não corresponde à imagem que queremos projetar de Belém”, afirmou Costa.

O ministro destacou que a cidade dispõe de imóveis de padrão internacional com valores compatíveis, reforçando que há capacidade plena para sediar o evento. “Minha vinda aqui é para desconstruir a narrativa de que não há leitos suficientes. Muito se falou sobre isso nas últimas semanas, e alguns chegaram a sugerir a retirada da COP de Belém”, disse.

Costa reconheceu, porém, que alguns hotéis praticam abusos e que já iniciou reuniões com a Advocacia-Geral da União para buscar soluções.

O governo federal informou que já investiu mais de R$ 4 bilhões na COP30, garantindo infraestrutura renovada, requalificação viária, melhorias urbanas e avanços ambientais, com legado permanente para a cidade. Entre as obras, a Vila Líderes está 90% concluída e será sede administrativa do governo estadual após o evento; o Aeroporto Internacional de Belém alcançou 95% de execução; o Porto Futuro 2 e a estrutura do Parque da Cidade estão 99% finalizados.

“Se a imagem da COP for a de preços abusivos em Belém, o grande legado não será positivo. Queremos deixar a lembrança de um povo acolhedor, caloroso, com uma culinária maravilhosa, despertando interesse mundial pela Amazônia e pela cidade que sediou a COP30”, concluiu o ministro.