A megaoperação da Polícia Federal (PF) contra o abuso sexual infantil resultou na prisão em flagrante de 55 pessoas, principalmente envolvidas em crimes pela internet. Até o momento, duas vítimas foram resgatadas e dois menores foram apreendidos.
As ações, ainda em andamento, ocorrem em todos os estados do país com o apoio de 16 Polícias Civis, cumprindo 182 mandados de busca. A operação integra os esforços nacionais de combate a crimes cibernéticos contra a dignidade sexual de crianças e adolescentes.
Participam da Operação Nacional Proteção Integral III 617 policiais federais e 273 policiais civis de estados como Alagoas, Amazonas, Bahia, Ceará, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso do Sul, Pará, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Santa Catarina e São Paulo.
A PF destaca que a ação reforça a integração entre forças federais e estaduais e evidencia o compromisso conjunto de defesa da infância e da adolescência.
A investigação começou a partir de casos de compartilhamento ou posse de materiais de abuso sexual infantil pela internet. Durante as buscas, também podem ser apurados crimes de estupro contra crianças.
“Resgatar vítimas é o foco principal desta operação. Embora se inicie com arquivos virtuais, é preciso lembrar que cada arquivo representa uma criança cujo direito à privacidade e segurança está sendo violado”, afirma o coordenador-geral de combate a fraudes cibernéticas da PF.
Há indícios de envolvimento internacional, com troca de materiais com pessoas fora do Brasil, embora não tenham sido realizadas ações em outros países.
Somente em 2025, a PF cumpriu 1.630 mandados de prisão contra foragidos condenados por crimes sexuais.
A Polícia Federal alerta pais e responsáveis sobre a importância de acompanhar o uso da internet por crianças e adolescentes, orientar sobre riscos e ensinar como agir diante de contatos inadequados. Prevenção e informação são consideradas as ferramentas mais eficazes para garantir segurança e bem-estar de crianças e adolescentes.
