
Brasil – O Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRT-2) manteve a condenação do empresário e político Pablo Marçal pela morte do técnico Celso Guimarães Silva, de 49 anos, que sofreu uma descarga elétrica durante um serviço em Alphaville, em 2023.
A decisão foi unânime e confirmou que a empresa Marçal Participações Ltda. deverá pagar cerca de R$ 2,4 milhões em indenizações e correções à família da vítima.
O julgamento, realizado virtualmente neste mês, analisou o recurso de Marçal, que tentou contestar a validade dos depoimentos apresentados pela acusação. A relatora, desembargadora Cândida Alves Leão, considerou legítimas as provas e entendeu que o recurso teve caráter meramente protelatório, aplicando multa adicional à empresa.
Condições inseguras e morte por descarga elétrica
Celso trabalhava na desmontagem de um estúdio quando recebeu o choque e caiu de uma altura de quatro metros. Chegou a ser levado ao Hospital Municipal de Barueri, mas não resistiu.
Segundo laudo da Polícia Civil, o local apresentava fiação exposta, falhas de isolamento e ausência de equipamentos de segurança, o que caracterizou ambiente de risco.
O técnico, conhecido no meio audiovisual, chegou a relatar em vídeo as condições precárias do trabalho pouco antes de morrer. Testemunhas confirmaram à Justiça as irregularidades no estúdio. A decisão de primeira instância, que havia negado o pedido de indenização, foi revertida após recurso apresentado pela defesa da família.
A empresa Marçal Participações Ltda., fundada em 2020 por Marçal e sua esposa, Ana Carolina de Carvalho Marçal, atua no setor de locação de imóveis. Procurado, o empresário não se manifestou sobre o caso. A condenação ainda pode ser questionada no Tribunal Superior do Trabalho (TST).






