Após divulgação dos preços do Festival Folclórico de Parintins 2026, o Ministério Público do Estado do Amazonas (MPAM) pediu a suspensão imediata da venda de ingressos da próxima edição. O órgão apontou aumentos considerados abusivos, que chegam a 248,7% em alguns setores em comparação com os valores de 2025.
No despacho, assinado pelas promotoras de Justiça Sheyla Andrade dos Santos, da 81ª Prodecon, e Marina Campos Maciel, da 3ª PJ de Parintins, destaca-se que o ingresso diário avulso para arquibancada especial terá aumento de 82,9% por noite, enquanto o passaporte para as três noites do espetáculo saltará de R$ 1.440 para R$ 3 mil, um acréscimo de 108,3%.
O início das vendas está marcado para sexta-feira (7), às 10h, o que motivou a medida de urgência. O MP aponta que a empresa responsável, Amazon Best Turismo e Eventos Ltda., não forneceu justificativas para os reajustes, caracterizando, em tese, prática abusiva prevista no artigo 39 do Código de Defesa do Consumidor.
A promotora Sheyla Andrade destacou a importância da transparência e da informação clara para que os consumidores não sejam prejudicados: “Consideramos essa prática abusiva, então o Ministério Público está buscando essa informação para que o consumidor não se sinta lesado”.
O MP exige que a venda seja suspensa até a apresentação pública das justificativas econômicas e financeiras e pede a retirada imediata de qualquer plataforma de comercialização online. O descumprimento da medida poderá gerar multa diária de R$ 50 mil.
