
Réu no processo sobre os atos de 8 de janeiro de 2023, Symon Castro, que afirma viver atualmente na Argentina, interrompeu um debate durante o Fórum de Buenos Aires, evento organizado pelo Instituto Brasileiro de Ensino, Desenvolvimento e Pesquisa (IDP), ligado ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF). O encontro tem sido apelidado de “Gilmarpalooza sul-americano”.
Castro, que responde no STF por suposta participação nas invasões às sedes dos Três Poderes, gravou a ação com o próprio celular e chegou a subir ao palco com um crachá oficial do evento. Visivelmente exaltado, ele afirmou estar há três anos sem ver os filhos e criticou decisões do ministro Alexandre de Moraes:
“O senhor tem feito um bom papel. Mas Alexandre de Moraes acusa outros que estão aqui no nosso meio de 14 a 17 anos de prisão sem prova de que entraram nos prédios.”
Antes de ser retirado por seguranças, o réu ainda declarou que “existem pessoas de bem no meio do dia 8 que não cometeram crime”.
O julgamento virtual de Symon Castro no STF está marcado para ocorrer entre 14 e 25 de novembro. Ele é acusado de abolição violenta do Estado Democrático de Direito, tentativa de golpe de Estado, dano qualificado pela violência, uso de substância inflamável contra o patrimônio da União e deterioração de patrimônio tombado.
Gilmar Mendes não se manifestou durante o episódio. Após a retirada do manifestante, o debate foi retomado pelo banqueiro André Esteves, do BTG Pactual, e contou com a presença do ex-presidente da Colômbia, Iván Duque.





