
Uma militar de 25 anos, identificada como Maria de Lourdes Freire Matos, morreu carbonizada após um incêndio atingir uma área do 1º Regimento de Cavalaria de Guardas (RCG), no Setor Militar Urbano, em Brasília, nesta sexta-feira (5). A cabo, integrante da banda de música do Exército, foi encontrada sem vida entre os escombros.
Ao chegarem ao local, equipes do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal encontraram uma das edificações do regimento completamente tomada pelo fogo e por densa fumaça. As guarnições iniciaram o combate imediato, montando linhas de mangueira para conter o avanço das chamas. Segundo os bombeiros, havia grande quantidade de material inflamável dentro da construção, o que potencializou o incêndio. Imóveis vizinhos foram resfriados para evitar que o fogo se alastrasse.
Durante o rescaldo, os socorristas localizaram o corpo carbonizado de uma mulher. Peritos do Corpo de Bombeiros e agentes da Polícia Civil foram acionados para investigar o caso.
CRIME COMETIDO PELO EX
As investigações apontaram que o incêndio foi provocado pelo soldado Kelvin Barros da Silva, ex-companheiro de Maria. O militar confessou ter cometido o homicídio e ateado fogo ao local para tentar encobrir o crime.
Em depoimento, ele afirmou que o crime ocorreu após uma discussão no setor da banda do quartel. Durante o conflito, Maria de Lourdes teria empunhado sua arma, momento em que Kelvin reagiu e desferiu um golpe de faca no pescoço da cabo. Em seguida, incendiou o ambiente.
Após confessar, o soldado foi detido e levado ao Batalhão de Polícia do Exército, em Brasília. Segundo a corporação, ele deverá ser desligado do Exército e responderá pelos crimes de feminicídio, furto de arma, incêndio e fraude processual, que somados podem resultar em até 44 anos de prisão.
Os bombeiros relataram que, ao atenderem a ocorrência, encontraram no local grande quantidade de materiais que facilitaram a propagação das chamas.






